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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Nascimento do Moto Clube Mochileiros da Estrada

      Na noite de 18 de dezembro do ano de 2010, na sede do Moto Clube Guapecas do Asfalto, situado na cidade de Corupá, reuniram-se grandes amigos para a celebração de fundação de um novo Moto Clube. Mas naquela noite, não era só a fundação de um novo Moto Clube, e sim a extensão de uma grande família chamada MOTOCICLISMO, onde se deve preservar os grandes valores da vida como a amizade, solidariedade, respeito, lealdade, humildade, compaixão, companheirismo e tantas outras que por causa do corre-corre do dia-a-dia as vezes deixamos de lado.
   Com muita alegria, fomos recepcionados pelo Moto Clube Guapecas do Asfalto de braços abertos. Matando a saudade de rever os grandes amigos de estrada, amigos de acampamento e de tantas festas. Como sempre muito receptivos, acolhedores, querendo nos deixar sempre muito à vontade, como se estivéssemos em nossa própria casa.
     Ao longo da noite depois de todos devidamente alojados, e de ter colocado um pouco do papo em dia, o Presidente dos Guapecas do Asfalto, o Senhor Emerson, mais conhecido como Cowboy, chamou a atenção de todos para o palco e iniciou a cerimônia para o batizado do Moto Clube Mochileiros da Estrada. Com sua sabias palavras, nos relembrou dos valores do motociclismo, da paixão de rodar com o moto clube, das dificuldades e preconceitos que enfrentaremos levando pelo mundo a fora o nosso brasão cravados nas nossas costas.

    Depois de muita emoção, a celebração seguiu caminho para a parte mais importante, a prova da humildade. Prova essa que deverá ser feito com todos os integrantes do novo moto clube para demonstrar que estamos prontos para enfrentar chuva, óleo na pista, frio, as tonturas do dia seguinte.
   


  
      Depois dessa maratona realizada com muita água, óleo, cachaça, tontura e uma hilária corrida desorientada, fomos agraciados com a importantíssima palavra de um Motociclista com muitos kilômetros rodados, o  presidente do Moto Clube Diamantes do Asfalto, o Senhor Marvel da cidade de Campo Larga no Paraná.
    Com palavras de sabedoria, companheirismo, de uma eterna paixão escancarada primeiramente pela sua Senhora Esposa que ali presente estava e em segundo plano a do estilo de vida motociclista, onde honramos nosso colete como nossa segunda pele.
    Ao final das palavras tão bem colocadas para o grupo, foram entreguem os coletes para cada um dos integrantes dos Mochileiros da Estrada:

     
Mas a alegria ainda não estava completa, pois em meio a isso tudo tinha outro motivo para comemorar, com muito amor e carinho nosso grande amigo e companheiro de estrada Carlão fez uma linda homenagem a sua querida esposa Elizete pelos seus cinco anos de matrimônio. Deixando seu lado engraçado um pouco de lado, declarou-se para sua querida esposa, presenteando-a com um maravilhoso buquê de rosas vermelhas.

                                                                                                                                                                   Em meio a lágrimas de emoção, paixão e muito amor, as surpresas não tinham acabado. Os Guapecas querendo aproveitar a atenção de todos quiseram presentear os Mochileiros da estrada com algo inusitado. Nos deram uma moudura contendo o seu primeiro Brasão, objeto este de muito valor sentimental para o Moto Clube. Nós dos Mochileiros da estrada ficamos muito surpresos com o presente oferecido. Tudo isso demonstra a amizade, orgulho e compaixão dos Guapecas pelos Mochileiros.
       E para retribuir o inesperado presente, os Mochileiros presentearam os Guapecas com um belíssimo Triciculo todo confeccionado em metal pelo próprio Carlão.
     

sábado, 13 de novembro de 2010

Kit de sobrevivência na estrada

NÃO FIQUE NA ESTRADA

Veja como se “safar” de uma série de imprevistos que podem ocorrer durante uma viagem de moto.

Estrada tranqüila num dia ensolarado. O motor ronca “redondo” até que simplesmente “morre”. Nada como um “imprevisto” na moto para atrapalhar uma bela viagem. Para quem faz uma boa revisão antes da partida, esses problemas acontecem muito raramente. Mas os mais desatentos com a manutenção geralmente freqüentam mais os “acostamentos” e sua viagem pode até terminar com a moto “guinchada” para uma oficina.
Por isso ao arrumar a bagagem para uma viagem é sempre recomendável levar um “kit de sobrevivência” formado por peças e componentes que podem livrá-lo de uma encrenca no meio da estrada. Além disso, descubra as principais “ocorrências” – para que elas não sejam tão “imprevisíveis” – e o que fazer para não ficar na estrada.

GASOLINA
Um erro de cálculo, uma torneira de gasolina com defeito (sem reserva) ou um esquecimento e o piloto pode ficar no meio de uma estrada deserta por falta de combustível. Esse tipo de problema, comum, além de desagradável, agora é até passível de multa pelo novo Código de Trânsito Brasileiro”. Veja como agir:
No momento da “pane” por falta de combustível, a primeira providência é virar a torneira para reserva e deixar a moto rodando até a gasolina descer para o carburador. Enquanto isso vá se deslocando para a direita da pista, para não atrapalhar o tráfego. Se o motor não voltar a funcionar, pare em lugar seguro, fora da pista, sinalizando a manobra ao outros motoristas.
Sempre resta um pouco de gasolina no tanque, não captado pela reserva da torneira ou filtro. Esse “restinho” de combustível geralmente fica numa reentrância no fundo do tanque e pode ser usado para rodar alguns quilômetros. Para tanto, deite a moto para o lado onde está a torneira de combustível. Se a moto for muito pesada, avalie a situação para saber se você terá condições de deitá-la sem que ela tombe e, depois se vai conseguir reerguê-la.
Depois dessa manobra, o combustível deverá descer para o carburador. Isso pode permitir rodar mais alguns quilômetros. Aproveite ao máximo esse resto de combustível, rodando em última marcha e bem devagar para economizar gasolina (50 ou 60 km/h). Puxe a embreagem nas descidas. Se a moto parar antes de um posto, repita a operação.
Se for possível “emprestar” combustível de outra moto, use uma mangueira para fazer um sifão, de um tanque para outro. O tanque vazio deve estar um nível abaixo do tanque com gasolina. “Chupe” com cuidado o combustível até ele se aproximar da ponta da mangueira. Tape a ponta da mangueira para manter a pressão e imediatamente passe o combustível “sugado” para o outro tanque. Uma alternativa é soprar no interior do tanque cheio forçando a gasolina ir para o vazio. Se necessário, retire a mangueira do respiro do carburador (ou do próprio tanque) para essa finalidade, não se esquecendo de recoloca-la em seu lugar antes de partir. Cuidado com cigarros, fósforos e faíscas.
Nota: nas motos com injeção eletrônica ou que usem bomba elétrica co “pescador” de combustível, deitar o veículo pode não dar resultados e ainda exigir o “sangramento” do sistema. Redobre os cuidados.

PNEU FURADO
Ao abastecer, procure verificar a calibragem dos pneus. Assim, é possível descobrir uma perda de pressão a tempo de corrigi-la. Mantenha a pressão correta – veja o manual do proprietário – a fim de evitar o superaquecimento ou “degola” do bico da válvula de ar, possível de acontecer quando a pressão for muito inferior à recomendada. Exagerar na pressão também é prejudicial, pois sobrecarrega a estrutura do pneu e diminui a área de contato com o solo, prejudicando a estabilidade e frenagem. O pneu sempre “avisa” que está murcho (ou esvaziando) através de oscilações e vibrações na moto. Ao senti-las, pare (sem “alicatar” os freios) para checar o problema. Quem usa selante nos pneus para prevenção de furos deve verificar se não há algum prego espetado no pneu, pois mesmo com o selante, pode ocorrer a perda de algumas libras de pressão. Procure repor o ar perdido no posto mais próximo e só retire o prego no borracheiro (ele funciona como o tampão do furo).
Embora raro, se acontecer do pneu se esvaziar rapidamente, desacelere (se possível não use o freio) e procure jogar o peso do corpo para “outra extremidade” da moto: se o pneu murcho é o dianteiro, jogue o corpo para trás e use o freio traseiro (com suavidade). Se o pneu vazio for o traseiro (mais comum), use o dianteiro (também levemente) enquanto joga o corpo para frente.
Se decidir procurar um local mais seguro ou alcançar o posto mais próximo rodando, mesmo com um dos pneus vazio, pilote em baixa velocidade, com todo o peso do seu corpo apoiado sobre o pneu “bom”, corrigindo as guinadas ocasionadas pelo deslocamento do pneu no aro. Caso haja garupa e um pneu furar, a garupa espera o conserto ou segue a moto caminhando.
Nota: rodar com o pneu furado pode originar furos extras e danos no pneu e câmara (se o pneu tiver), exigindo a substituição. Portanto, somente faça isso se realmente não houver outra saída, como consertar o furo no local ou retirar a roda e pegar uma carona até o borracheiro mais próximo.

CONSERTO
Pneu com câmara – Solte as travas do eixo da roda e a porca castelo. Solte a ancoragem do freio se necessário, liberando também suas travas e porcas. Puxe o eixo da roda, removendo-a junto com os espaçadores (se tiver). Mantenha as peças em ordem, para a remontagem. Solte a válvula (“tripa de mico”) da câmara, utilizando a chave (“cruzeta”) apropriada para que saia todo o resto de ar da câmara.
Com espátulas, retire o pneu do aro, evitando “beliscar” a câmera (causando outro furo). Remova o pneu e a câmara da roda. Examine cuidadosamente o interior do pneu, a procura de objetos perfurantes. Retire-os. Se não encontrar, verifique a roda e o pneu, procurando por arames salientes de sua estrutura interna.
Nota: cortar os arames do pneu que possam estar perfurando a câmara é uma solução de emergência, convém substituir o pneu depois.
Procure o furo na câmara, tomando como base, sua posição de instalação desde a válvula de ar. Se possível encha parcialmente a câmara e mergulhe-a na água, observando de onde saírem bolhas de ar. Marque o local do furo (ou dos furos) para realizar o remendo.
Lixe o local do furo e aplique a cola vulcanizadora. Depois, retire o plástico protetor do remendo e aplique-o sobre o furo com adesivo. Pressione durante alguns minutos, usando alguma ferramenta pesada.
Monte novamente a câmara e o pneu na roda seguindo o processo inverso da desmontagem. Cuidado para não “morder” a câmara com as espátulas, no momento de reinstalar o pneu no aro da roda, causando um novo furo. Encha o pneu com uma bomba manual (ou garrafinha de gás carbônico). No primeiro posto calibre novamente o pneu. Monte a roda na moto: não esqueça algum espaçador ou esticador de corrente. Aperte a porca castelo e coloque a cupilha.
Pneu sem câmara – Para concertar pneus sem câmara na estrada, a melhor opção é usar o kit de remendos a frio (vendido em lojas de motopeças), que permite que o trabalho seja executado sem desmontagens. Para tanto, localize o furo no pneu, retirando o prego ou objeto perfurante. Limpe o local do furo e introduza a ferramenta especial (que acompanha o kit) para alargar o furo, adequando-o ao remendo. Prepare o remendo, instalando-o na ferramenta especial. Aplique o adesivo vulcanizador e introduza a ferramenta (com o remendo instalado) no furo, girando-a para que o remendo se prenda por dentro do pneu. Retire a ferramenta e corte a ponta do remendo que fica para fora da banda de rodagem do pneu. Encha o pneu.
Nota: se você não tem o kit, usa-se o remendo (“tampão”) apropriado para pneu sem câmara (mas neste caso deve haver a desmontagem da roda). Sendo o pneu com ou sem câmara, depois de furado recomenda-se trocá-lo ou procurar um serviço especializado de remendo a quente. Faça também o balanceamento.

CABOS DE COMANDO
E geral os cabos de comando (acelerador, embreagem, freios, afogador...) “avisam” antes de quebrarem, mostrando-se duros ou desfiando-se. O ideal é que sejam substituídos antes da viagem. Mas é sempre bom levar cabos sobressalentes, do tipo universal (ou “quebra galho”) para qualquer emergência. Em caso de necessidade, basta desconectar o cabo original, retirá-lo de sua capa protetora e substituí-lo pelo cabo “quebra galho”, que geralmente vem com uma trava com parafuso (também chamado de “quebra galho”). Em alguns comandos – como o do acelerador ou afogador – é possível dispensar outro cabo, adaptando-se uma ferramenta (chave de boca ou de fenda) na ponta do que restou do cabo e movimentá-la com a mão. Ainda no caso da quebra do cabo do acelerador, outra saída é girar o parafuso de marcha lenta (no carburador) até que o motor atinja rotação suficiente para a moto rodar até um local seguro.

LÂMPADAS
A queima das lâmpadas do farol ou das lanternas (de dois filamentos: alto/baixo, freio/lanterna) pode impedir uma viagem se ela for noturna – inclusive com o risco de uma multa. Para trocar a lâmpada do farol, basta soltar os parafusos (tipo Philips) que prendem o farol ao bloco ótico e também seus conectores elétricos. Normalmente há uma trava metálica que deve ser retirada para soltar a lâmpada do refletor. Para a troca da lâmpada da lanterna traseira é necessário remover a sua lente plástica, presa por parafusos (Philips). Caso não se disponha de sobressalente, uma lâmpada retirada de um dos piscas poderá servir de lanterna até ser substituída.
Nota: evite trocar lâmpadas com os dedos. Use panos ou luvas para que a gordura e suor não sujem os bulbos, o que aumenta a sua temperatura, diminui a luminosidade e faz com que queimem mais facilmente.

VELAS E CABOS
O motor parou e não há faísca na vela: o problema pode ser no cachimbo (conector da vela) que, numa emergência, pode ser retirado. Para isso, desrosqueie o cachimbo e ligue diretamente o cabo na vela de ignição. Se a faísca não chegar nem mesmo ao cabo, este poderá ser substituído – numa emergência – por um pedaço de fio isolado 2,5mm (ou mais grosso), diretamente entre a bobina de ignição e a vela. Em certas situações, a vela pode ficar encharcada de combustível ou, nos motores dois tempos, impregnada de óleo e carvão a tal ponto que os eletrodos acabam sendo isolados, interrompendo a faísca. Neste caso, é necessário retirar-se a vela e limpá-la, se necessário utilizando a chama de um isqueiro (para queimar o excesso de combustível/óleo), lixa e até mesmo uma lima, trazendo de volta a cor do metal original.
Nota: essas são soluções de emergência devendo os componentes danificados ser substituídos imediatamente.

FUSÍVEIS
Em caso de pane elétrica, localize o fusível principal e o compartimento dos fusíveis secundários (se tiver), verificando suas condições. Se encontrar componentes queimados (com o filamento interrompido ou derretido), troque por um fusível equivalente. Se o novo fusível queimar imediatamente após ser instalado, indica curto circuito, que deverá ser localizado e corrigido antes de nova tentativa. Para isso faça a checagem de componentes como conectores de chicote, fios debaixo do tanque, do banco, na rabeta, soquete de lâmpadas... Não achando o defeito, o jeito é procurar um eletricista.
Nota: um pedaço de fio ou papel aluminizado de maços de cigarro pode substituir temporariamente um fusível, mas essa medida somente pode ser usada em situação de extrema emergência, com a certeza de não haver qualquer curto circuito no sistema. Do contrário, há o risco de se causar sérios danos aos componentes elétricos da moto e até de incêndio.
CORRENTE
Uma corrente de transmissão apertada demais ou torcida (devido a um ajuste inadequado, por exemplo) pode romper-se de um momento para outro. O perigo maior é que ao quebrar-se a corrente possa prender-se no pinhão, cobre-corrente ou outro componente, e até causar um acidente. Ao sentir que algo está errado, o piloto deve puxar o manete de embreagem para liberar o motor e procurar parar a moto imediatamente. Se a corrente se quebrou em apenas um ponto, uma emenda sobressalente resolve o problema temporariamente (depois de uma quebra, convém substituir todo o kit de relação - corrente / coroa / pinhão). Para tanto, basta passar a corrente através do pinhão e da coroa e ligá-la com a emenda apropriada. Ao instalar a trava da emenda, não se esqueça de colocar o lado aberto dessa trava contra o sentido de movimentação da corrente, evitando que se solte.

Os serviços sugeridos exigem algum conhecimento de mecânica. Antes de realizá-los, cada motociclista deve conferir se tem habilidade e ferramentas necessárias para evitar problemas.

KIT DE “SOBREVIVÊNCIA”
Veja o que é recomendável levar em viagens. Apesar do número de itens, o kit todo não ocupa muito volume e pesa entre dois e quatro quilos, dependendo das ferramentas:
• Ferramentas básicas: alicate, chaves de fenda, Philips, Allen (1,5mm a 8mm), de vela, de boca (fixa / combinada ou canhão) 10, 11, 12, 13 e 14mm; chaves de boca nas medidas para as porcas castelo das rodas da sua moto; alicate de pressão.
• Duas espátulas (para os pneus).
• Cruzeta para válvulas de ar.
• Kit de remendos a frio (para pneus com ou sem câmara) e/ou spray de remendo instantâneo (para furos pequenos).
• Câmara sobressalente (se for o caso).
• Bomba de ar manual ou kit de garrafas de gás carbônico.
• Cabo universal com trava regulável.
• Arame
• Vela (s) sobressalente (s).
• Lâmpadas sobressalentes.
• Pedaços de fios.
• Jogo de fusíveis sobressalentes.
• Porcas, arruelas, parafusos (diversos tamanhos).
• Emenda de corrente.
• Fita isolante.
• Fita “Silvertape”.
• Lâmina de serra.
• Lixas / lima pequena.


Fonte:
Revista Moto Vital
Ano 1 número 04 – Abril 2002
Sisal Editores
Jornalista motociclista: Paulo Bambirra

quinta-feira, 11 de novembro de 2010